Preço dos alimentos sobe e impulsiona inflação de setembro
Você notou o aumento de gasto com as compras do mercado? O grupo de despesas com alimentação e bebidas teve uma alta de preços de 2,28% em setembro, e foi o principal responsável pela inflação oficial no mês, de 0,64%. O aumento nos preços dos alimentos foi maior do que a observada em agosto, de 0,78%.
Entre os itens que apresentaram os mais significativos acréscimos em seus valores estão:
- óleo de soja (27,54%);
- arroz (17,98%);
- tomare ( 11,72%);
- leite longa vida (6,01%);
- e as carnes, 4,53%.
Porque o preço dos alimentos subiu?
O aumento nos preços dos alimentos teve origem principalmente por causa da refeição dentro do domicílio, que subiu 2,89%.
Além disso, a desvalorização da moeda nacional estimula as exportações. Quando se exporta mais, a quantidade disponível de produtos para o mercado doméstico também diminui, o que resulta na alta nos preços.
Há também uma demanda interna maior por alimentos, em razão dos programas de auxílio do governo, como o auxílio emergencial. Essa demanda interna também influencia no preço dos produtos.
Outros setores que também tiveram aumento
Outro grupo de despesas com impacto importante na inflação em setembro foi o de transportes (0,70%), cuja alta de preços foi puxada pela gasolina (1,95%), óleo diesel (2,47%), etanol (2,21%) e passagens aéreas (6,39%).
Também tiveram altas de preços os grupos artigos de residência (1%), habitação (0,37%), vestuário (0,37%), comunicação (0,15%) e despesas pessoais (0,09%).
Por outro lado, saúde e cuidados pessoais teve deflação (queda de preços) de 0,64%, principalmente devido ao item plano de saúde, cujos preços recuaram 2,31% devido a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu interromper os aumentos nos preços dos planos de saúde até o final do ano. Educação também teve deflação de 0,09%.